Por que criei o Caverna Sonora
O Caverna Sonora nasceu de uma inquietação antiga. Sou o Marcelo Chime, e como muitos que mergulharam fundo no pós-punk — aquele som sombrio, urgente e muitas vezes esquecido — sempre senti que havia um vazio quando se tratava de espaços dedicados às bandas mais obscuras, aos lados B, às joias perdidas do underground.
A grande mídia fala sempre das mesmas referências, gira em torno dos clássicos eternos. Nada contra eles, mas e aquelas bandas que lançaram uma demo obscura nos anos 80, sumiram, mas deixaram um rastro brilhante? E as cenas locais, os movimentos paralelos, os selos independentes que desafiaram o mainstream com estética, atitude e experimentação? Era esse o subterrâneo que eu queria iluminar.
O Caverna Sonora é, antes de tudo, um espaço de garimpo. Um blog feito na base da paixão, do fanzine mental que sempre carreguei comigo. Aqui eu escrevo sobre o que me move: postagens sobre álbuns esquecidos, bandas que desafiaram os limites do pós-punk, cruzando com o darkwave, o coldwave, o minimal synth e outras vertentes irmãs. Tento contextualizar, traduzir sensações, contar histórias.
Mais do que um arquivo ou uma vitrine, vejo o blog como um abrigo — uma caverna mesmo — onde essas sonoridades podem ecoar de novo e encontrar novos ouvintes. Se você também sente que há algo de magnético na melancolia reverberante de uma guitarra abafada ou num vocal soturno perdido num cassete antigo, talvez essa caverna também seja pra você.
Seja bem-vindo.
Marcelo Chime
Caverna Sonora
Pós-punk underground e seus labirintos
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