Originária da Toscana, a banda surgiu das cinzas do grupo punk italiano C.F.S. (1979-1981). Ao longo dos anos 80, passou por diversas mudanças de formação e estilo musical.Nos anos de 1982 e 1983, o grupo era composto por Federico Fiumani (guitarra, ex-C.F.S.), Gianni Cicchi (bateria, ex-C.F.S.), Nicola Vannini (vocais, que mais tarde integrou o Soul Hunters) e Leandro Cicchi (baixo, irmão de Gianni). Com essa formação, lançaram os compactos 7" "Pioggia/Illusione Ottica" e "Circuito Chiuso" (este último dividido com a PANKOW, outra importante banda pós-punk de Florença), além do EP 12" "Altrove".
Na época, a crítica os aclamou como o "Joy Division italiano", destacando-os entre as melhores bandas do pós-punk do país.Em 1984, com a mudança na direção musical do grupo, Miro Sassolini foi escolhido como novo vocalista. Ainda naquele ano, em dezembro, foi lançado o elogiado álbum de estreia "Siberia", que marcou essa segunda formação. Com o sucesso do disco, o DIAFRAMMA tornou-se, em 1985, uma das bandas de new wave mais vendidas da Itália.
No mesmo ano, a banda lançou o EP 12" "Amsterdam", considerado outra obra-prima do gênero. O disco trazia uma nova versão da faixa-título, gravada em parceria com a LITFIBA (a mais relevante banda toscana da história), além das músicas "Ultimo Boulevard", uma faixa dark-wave, e "Elena", que apontava o rumo sonoro dos álbuns seguintes.
No entanto, divergências sobre a nova abordagem musical levaram à saída dos irmãos Cicchi, sendo que o baixista Leandro Braccini assumiu o posto.
A formação então passou a contar com diferentes bateristas, incluindo Renzo Franchi (ex-LITFIBA), e lançou dois LPs: "Tre Volte Lacrime" (1986, pela IRA Records), aclamado pela crítica, e "Boxe" (1988, de produção independente, pelo selo Diaframma Records), ambos apresentando um som mais voltado ao rock. Contudo, no final de 1988, novos conflitos internos resultaram na separação do grupo.
Sassolini e Braccini seguiram um novo caminho, formando a banda experimental VAN DER BOSCH, que permaneceu ativa por cerca de uma década.A partir de janeiro de 1989, DIAFRAMMA tornou-se essencialmente um projeto solo de Federico Fiumani, responsável pelos vocais, guitarra e composição de todas as músicas.
Nos anos seguintes, lançou "Gennaio EP" (1989 - Diaframma Records), "In Perfetta Solitudine" (1990 - Ricordi), "Da Siberia Al Prossimo Weekend" (1991 - Ricordi) e "Live and Unreleased" (1991 - Abraxas/Spittle), álbuns que ainda mantinham vínculos com a sonoridade da fase anterior. Já "Anni Luce" (1992 - Abraxas) marcou uma mudança para um som alternativo.
Em 1994, a banda lançou "Il Ritorno dei Desideri" pela icônica gravadora independente Contempo Records, contando com a produção de Gianni Maroccolo (baixo), Francesco Magnelli (teclados) e Pino Gulli (bateria), todos integrantes do CSI (Consorzio Suonatori Indipendenti). O álbum trouxe um retorno ao estilo new wave italiano.
Os discos subsequentes, embora mais próximos do mainstream do rock italiano, mantiveram sua qualidade: "Non - Tardi" (1995 - Abraxas), "Sesso e Violenza" (1996 - Flying Records) e "Scenari Immaginari" (1998 - Diaframma Records) consolidaram a trajetória do DIAFRAMMA na cena musical italiana.
Sua decisão de rejeitar contratos com grandes gravadoras e evitar eventos mainstream como o Festival de Sanremo sublinha seu compromisso inabalável com a independência artística e a integridade da banda.
Como um tributo à influência de Fiumani, a banda C.F.F. e il Nomade Venerabile compôs a canção "Fiumani", presente no álbum "Ghiaccio" de 2004, eternizando sua figura no panorama do rock alternativo italiano.
Discografia
1984 | Siberia | |
1986 | Tre volte lacrime | |
1988 | Boxe | |
1989 | Diaframma 8183 | |
1990 | In perfetta solitudine | |
1991 | Da Siberia al prossimo week-end | |
1992 | Live and unreleased | |
1992 | Anni luce | |
1994 | Il ritorno dei desideri | |
1995 | Non è tardi | |
1996 | Sesso e violenza | |
1997 | Albori 1979-83 | |
1998 | Scenari immaginari | |
1999 | Coraggio da vendere | |
2000 | Live al Rototom | |
2000 | Canzoni perdute | |
2001 | Il futuro sorride a quelli come noi | |
2002 | Sassolini sul fondo del fiume | |
2002 | I giorni dell'ira | |
2003 | Electroboxe | |
2003 | First recording | |
2004 | Volume 13 | |
2005 | Passato presente | |
2007 | Camminando sul lato selvaggio | |
2009 | Difficile da trovare | |
2012 | Niente di serio | |
2013 | Preso nel vortice | |
2016 | Siberia Reloaded 2016 | |
2018 | L'Abisso |
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